Café do ES bate recorde com receita de quase R$ 10 bilhões em exportações; produto chega a custar R$ 50 no supermercado
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Publicado em 05/11/2024

A exportação de café do Espírito Santo bateu recorde em 2024, movimentando mais de 8 milhões de sacas e gerando uma receita de quase R$ 10 bilhões para a economia capixaba. A valorização do produto no mercado internacional e as dificuldades enfrentadas por concorrentes diretos (outros países produtores) impulsionaram a demanda pelo café produzido no estado.

Enquanto o produto capixaba se beneficia lá fora, no mercado interno o café também bate recordes nos preços para os consumidores. Nos supermercados, o quilo chega a valer R$ 50. Nos próximos dois meses, o valor pode subir mais 25%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

Segundo Sandro Rodrigues, secretário-executivo do Centro do Comércio de Café, com a escassez do produto em algumas regiões do mundo e os altos custos logísticos enfrentados por outros países produtores, o grão capixaba tornou-se altamente competitivo no mercado internacional.

No ano passado, o produto passou por uma curva de valorização. O preço da saca de café conilon chegou a R$ 1.160, enquanto a do café arábica foi comercializada a R$ 1.450, e a do café solúvel, R$ 1.200.

Essa alta no preço beneficiou a economia do interior capixaba, onde 70% das propriedades rurais estão ligadas à cafeicultura.

Outro fator que foi fundamental para o recorde das exportações é a capacidade de escoamento da produção. Em 2024, o Espírito Santo também registrou o maior volume, cerca de 450 mil toneladas do produto foram escoadas pelos portos de Vitória e Capuaba, com destino a países como Bélgica, Itália, Espanha, Estados Unidos e México, os maiores compradores.

Os produtores estão otimistas para 2025. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um crescimento de 20% na produção. Porém, segundo secretário-executivo do Centro do Comércio de Café, interlocutores do setor projetam uma alta de até 25%.

 

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