92% das agressões contra mulheres ocorreram diante de testemunhas, diz pesquisa
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Publicado em 10/03/2025

A ampla maioria das agressões contra mulheres nos últimos 12 meses ocorreu na presença de terceiros, 91,8%, de acordo com pesquisa do Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgada nesta segunda-feira (10).

Em 47,3% desses casos testemunhados, quem presenciou foram amigos ou conhecidos; em 27%, os filhos; e em 12,4%, outros parentes.

 

Na semana passada, um jovem de 22 anos morreu baleado no ônibus em São Paulo após tentar defender uma mulher que era agredida pelo companheiro. Ele ouviu o casal discutindo e pediu para o homem parar com a agressão.

 

“Meu sobrinho não discutiu com ninguém. O próprio motorista disse que ele só pediu para o cara parar de brigar com a mulher, foi a única coisa. Foi o suficiente para esse cara tirar a vida dele com três tiros. Ramon era menino amoroso, de família, respeitoso. Morreu tentando defender uma mulher", lamentou. 

 

Reação às agressões

 

Para a diretora-executiva do Fórum, quem presencia uma agressão física reage mais do que diante de uma agressão verbal.

 

"Somos menos coniventes com a agressão física. Muitas mulheres sofrem formas de violência que passam por ameaça, intimidação, violência psicológica, e o entorno ainda não reconhece isso como violências graves e acaba sendo conivente com essas práticas", diz.

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